segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sem as máscaras.

Poucas vezes escrevo sem as máscaras da crônica, do conto. Fantasiar é muito bom, é quase uma arma quando quero me me mostrar através de versos ao invés de escrever tal qual sou.

Quando mais nova, costumava escrever e ler muito, muito mesmo. Era meu melhor divertimento, e meus amigos tinham nome, fama e livros publicados. Naquele tempo costumava escrever sobre o dia, pensamentos, qualquer coisa. Era uma necessidade como ainda hoje é.

Algumas vezes chorava para escrever, não vinha a palavra, não vinha a vontade, a necessidade sim, estava lá. Ainda hoje é assim, não mudou nada.
Havia algo em mim de diferente. Costumava pensar primeiro nas pessoas que iriam me ler. Queria dizer algo coerente e queria que elas gostassem do que tinham lido. Guardei muita coisa para mim, deixei muitas linhas sem nada escrito, o restante rasguei.

Aí me deparo de novo com outra realidade e o mesmo sentimento. Cá estou, outra vez, sem áscara, sem crônica e sem fantasia.

Um comentário:

Kleitman Castro disse...

Tem hora mesmo que tudo bloquiea...
nao tem assunto,
nao tem pra quem,
pra que ou
por que escrever...
;~/